domingo, 25 de abril de 2010

O Ano Aceitável do Senhor

Daniel 9: 20-27 nos revela a profecia das 70 semanas, que fala da primeira e da segunda vinda de Cristo. Uma das interpretações mais aceitas do trecho diz que as semanas serão de anos. As primeiras 69 (483 anos) têm início no ano 445 a.C., que foi o vigésimo ano do rei Artaxerxes, quando historicamente saiu a ordem para a restauração de Jerusalém, e terminaram quando Jesus (o Ungido) entrou em Jerusalém montado em um jumentinho, conforme a profecia de Zacarias 9: 9. A última semana de anos estaria separada das 69 primeiras pelo chamado "tempo dos gentios", que é o tempo que estamos vivendo agora até a segunda vinda de Cristo.

O que quero discutir aqui é o ano seguinte à setuagésima semana. Antes de tudo gostaria de lembrar que não sou teólogo de formação. Apenas quero expor alguns comentários sobre a minha interpretação.

A última semana é o reinado do Anti-cristo. Três anos e meio de falsa paz, seguido de três anos e meio de assolação e terminando com a vinda de Cristo em um cavalo branco, o Verbo de Deus (Apocalipse 19: 11). O reinado de Cristo na terra cumprirá muitas profecias do Antigo Testamento e terá duração de mil anos, daí ser chamado de O Milênio (Ap 20: 2).

Muitos são os crentes que conhecem essas profecias mas não sabem qual a base da sua interpretação.

A primeira pregunta que me fiz foi: de onde tiraram a interpretação de que as semanas de Daniel são compostas de anos, não de dias?
A resposta está em Levítico 25 (recomendo fortemente que leia o trecho completo. Vai lá, é só clicar), quando a lei de Moisés estabelece o "Ano de Descanso" e o "Ano do Jubileu". O ano sabático: assim como o sábado era o dia do descanso, o sétimo ano da semana de anos também deveria ser tomado para descanso. O Jubileu: seriam contadas sete semanas de anos (49 anos). O quinquagésimo ano seria o ano do Jubileu, ano santo do Senhor.

Encontro aqui o ponto central que gostaria de discorrer nessa postagem do blog. Posso estar errado, e se alguém souber mais pro favor me corrija.

O ano do Jubileu segue a setuagésima semana de Daniel. Esse é o ano santo no qual Jesus estabelece seu reinado, acabendo com qualquer vestígio da semana do Anti-cristo. O ano do jubileu encontra relação com a profecia de Isaías do "ano aceitável do Senhor": "O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes" (Isaías 61: 1 e 2). Essas palavras são as palavras do Unigido, Cristo, o filho de Deus que tira o pecado do mundo. Sua palavra é imutável e pode ser aplicada à sua primeira vinda e à sua vinda para instaurar o reinado de mil anos na terra. Após o reino de assolação do Anti-cristo, Jesus virá, com o espírito de Deus sobre si, restaurando os contritos, libertando os cativos e dando início ao ano aceitável do Senhor, quando os que choram são consolados.

Esse estudo, que passa por Daniel, Apocalipse, volta a Levítico, vai Isaías e volta para Apocalipse, colabora para provar a unidade bíblica. Mostra também que Jesus é o verdadeiro e único Messias para sempre, que sua revelação dada a João e aos profetas eram verdadeiras e coerentes.

Gostaria de terminar o estudo voltando, de Apocalipse a Daniel. Apocalipse 20 deixa claro que Cristo compartilha seu reinado com todos os santos (v. 4). Isso está em concordância com Daniel (12: 2), livro que deu início ao nosso estudo.

Oremos pela vinda desses dias, nos quais estaremos com Cristo em seu reino santo.

Um comentário:

Gabriel Kyosuke Kaneko disse...

Sei que o "Ano aceitável" começou quando Cristo, tornando-se o cordeiro de Deus, nos deu a possibilidade irrestrita da salvação pela graça. Quando pudemos adorar a Deus em espírito e em verdade, não estando restritos aos sacrifícios no Templo, etc.

Quero fazer aqui apenas um paralelo entre o reinado de Cristo e o do Anti-cristo. O ano aceitável e aqueles que não o eram.